
A Marcha fascista, marcada pela presença de um grande número de PMs da Tropa de Choque, não intimidou os manifestantes antifascistas, e as marchas acabaram se encontrando. Integralistas, reacionários , viúvos da ditadura e fascistas em geral, estavam sendo completamente protegidos pelo Choque, que fazia, literalmente, um cordão de proteção ao redor da Marcha com Deus. Os atos se encontraram e a FIP-RJ pôde exibir seu cartaz que pedia: “PAREDÃO PARA OS TORTURADORES DO REGIME MILITAR”. Houve um princípio de enfrentamento entre os manifestantes e os fascistas, protegidos pelo Choque, tentaram nos provocar e, inclusive, alguns quebraram os cordões de proteção para agredir os militantes antifascistas, tanto que os fascistas chegaram a agredir um cinegrafista da Mídia NINJA.
Ao mesmo tempo em que os fascistas atacaram, o Choque também decidiu atacar a marcha antifascista, perseguindo os manifestantes até a estação de trem e os encurralando nos entornos. (O Jornal a Nova Democracia cobriu os eventos dessa primeira parte do ato). Ao nos reagruparmos, uma bandeira do Brasil, usada para provocar e personificar a repressão, torturas e mortes perpetrada pelo Estado reacionário, acabou sendo queimada na frente da Marcha Fascista e dos nacionalista reacionários.
Após a dispersão da marcha fascista, apesar de algumas organizações terem abandonado o ato, a Marcha antifascista se manteve e foi ao encontro do pessoal do 'Ocupa DOPS', que estavam organizando alguns eventos culturais pela memória das vítimas da ditadura. “Escoltados” pelo Choque, o ato seguiu até chegar triunfante na rua do DOPS, onde foram bem recebidos pelos organizadores do Ocupa DOPS.
Os fascistas, covardes, só foram capazes de se manifestar graças a proteção das forças de repressão, mas ainda assim, os companheiros de luta combativos do Rio de Janeiro demonstraram sua indignação diante de uma manifestação desse caráter, deixando claro que com o fascismo não se dialoga, se esmaga!
À Unidade!