Primeiramente,
não existe neutralidade na política. É de um tremendo absurdo os que tentam se
aproveitar politicamente desta tragédia, negando que antes o taxavam de
"coronel fascista", minimizando o que representou de ruim para o
nosso povo, se valendo de certa comoção pública para redimir o legado de
Eduardo Campos, dizendo que foi uma "perda política" para o país.
Quem enxerga deste modo, ignora que não existe uma "política" geral e
abstrata comum aos interesses de todas as classes. A "perda política"
no que tange à morte de Campos foi para as classes que ele representava, ou
seja, para os banqueiros, para os latifundiários e para o grande capital. A
classe operária, os movimentos sociais combativos, que sempre foram reprimidos
pelo ex-governador, nada devem lamentar politicamente, mas tão somente se
solidarizar com a dor das famílias tal qual devem se solidarizar com a dor das
famílias de TODAS as vítimas deste trágico acidente.