quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Por ocasião da morte do coronel

Acho que é justamente em horas difíceis que é preciso manter rigidamente a mais firme coerência política. Neste sentido, teceremos algumas palavras para deixar claro nossa posição frente a morte do ex-governador e presidenciável Eduardo Campos.

Primeiramente, não existe neutralidade na política. É de um tremendo absurdo os que tentam se aproveitar politicamente desta tragédia, negando que antes o taxavam de "coronel fascista", minimizando o que representou de ruim para o nosso povo, se valendo de certa comoção pública para redimir o legado de Eduardo Campos, dizendo que foi uma "perda política" para o país. Quem enxerga deste modo, ignora que não existe uma "política" geral e abstrata comum aos interesses de todas as classes. A "perda política" no que tange à morte de Campos foi para as classes que ele representava, ou seja, para os banqueiros, para os latifundiários e para o grande capital. A classe operária, os movimentos sociais combativos, que sempre foram reprimidos pelo ex-governador, nada devem lamentar politicamente, mas tão somente se solidarizar com a dor das famílias tal qual devem se solidarizar com a dor das famílias de TODAS as vítimas deste trágico acidente.