A Unidade Vermelha vem a publico prestar
solidariedade máxima aos operários da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro) que completaram 34 dias de greve nessa segunda-feira (10), quando a
categoria fez uma assembleia com mais de 20 mil operários e, por unanimidade,
manteve essa árdua batalha contra os exploradores nacionais.
O sindicato (Sinticon) é filiado a CUT, que
desde o inicio da greve não fortaleceu e sequer apoiou o movimento grevista;
inclusive, na segunda-feira (10) apresentou uma proposta para encerrar a greve.
Mas a combatividade e a unidade dos trabalhadores em continuar a luta em defesa
das suas reivindicações fez com que a categoria rejeitasse a proposta indo à
decisão contrária a direção do sindicato e manteve a greve.
As empresas continuam de forma nojenta e
intransigente mantendo a proposta de 7% de reajuste e ainda não realizaram o
adiantamento do salário dos operários. Os governantes e a burocracia sindical,
como de costume, se aliam com o patrão ao não mexer um dedo em relação aos
abusos praticados contra os grevistas e sequer tomam qualquer reação em relação
a liminar que as empresas conseguiram considerando a greve ilegal.
Os trabalhadores do Comperj reivindicam 15% de
reajuste salarial, aumento do ticket alimentação, (de 300 reais, para 500
reais); o pagamento diário de 2 horas in tinere (tempo gasto no trajeto
trabalho-casa); a classificação dos ajudantes que exercem serviço de
profissionais no canteiro há mais de seis meses; equiparação dos salários para
profissionais da mesma função (algumas empresas pagam salários diferentes); a
folga de campo (período para visitar famílias em outras regiões) a cada 90 dias
trabalhados de forma que o pagamento das despesas com a viagem seja feito pela empresa;
pagamento de adicional 150% no valor das horas extras, entre outras reivindicações.
Como já esperado a burocracia sindical,
filiada a CUT tem uma postura absurda e patronal de tentar baixar em uma
assembleia o percentual de 15% para 11,5 % e ainda tenta baixar o pedido de
R$500 de ticket para R$460, isso por vontade própria sem acordo com patrão.
Ora, como pode um sindicato que deveria representar a categoria tentar baixar o
reajuste dos trabalhadores sem qualquer tipo de pressão do patrão? Pois bem, é
aí que fica escancarado o caráter nojento, traidor e patronal desses sindicatos
sanguessugas filiados a CUT, CTB, UGT, Força Sindical e outros. Mas mais uma
vez a categoria se mostra combativa e unida, e repudia toda essa postura do
sindicato com atitudes combativas como queimar uma caminhonete no dia 5 de
fevereiro, ainda nos primeiros protestos.
É necessário denunciar também as atitudes
criminosas e marginais dos patrões, que mandaram seus capangas para intimidar
os tais trabalhadores grevistas e para assassinar dois dos operários, que só
ficaram feridos.
Sabemos que essa é uma pratica muito comum
entre o patronal e também entre os sindicatos que há muito nada representam o
povo brasileiro, com suas ações parasitárias, tentam coagir e prejudicar os
trabalhadores, como na greve dos garis.
Na assembleia do dia 10, o sindicato tentou
junto com a Conticom (Confederação Nacional da categoria que é filiada a CUT)
propôs a categoria uma velha proposta do Ministério Público do Trabalho, de 9%
de reajuste e dividir os dias de paralisação entre descontos e compensações.
Tal proposta foi amplamente vaiada e rejeitada pelos trabalhadores. Uma nova
assembleia está para ocorrer na quarta-feira (12).
Abaixo a burocracia sindical!
Viva a mobilização e ação direta feita pela base!
Assédio Moral é crime!
Viva a luta da classe trabalhadora brasileira!
Viva a mobilização e ação direta feita pela base!
Assédio Moral é crime!
Viva a luta da classe trabalhadora brasileira!
À Unidade!