Nota da Unidade
Vermelha para publicitar o repúdio a morte do garoto Luiz Felipe Rangel, 3 anos, baleado pela
PMERJ no Morro da Quitanda, em
Costa Barros , zona norte do Rio de Janeiro.
A Unidade
Vermelha vem por meio desta nota publicitar o máximo repúdio, já demonstrado e praticado nas ruas, acerca do covarde assassinato do menino de 3 anos Luiz Rangel pela PMERJ, feito na noite do dia 25/06 em Costa Barros. O assassinato se deu em meio a uma incursão da PMERJ na favela, contexto sob qual o menino foi
vitima de um tiro de fuzil .762 na cabeça enquanto dormia na cama da mãe.
Deixamos registrado também todo nosso ódio de classe aos assassinos da Policia
Militar que tiraram a vida do menino, que não é o primeiro. A forma como se deu a morte do menino é
completamente covarde e revoltante.
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Revolta popular contra o assassinato. |
'Até quando o Estado continuará tirando a vida da
juventude negra e periférica'? Com este espírito de rebeldia e de consciência revolucionária que, de forma justíssima, os parentes e familiares
organizaram durante o dia inteiro vigorosas manifestações em repúdio ao assassinato do
menino. Como de costume, as manifestações legítimas da população também foram duramente reprimidas pela PM, acabando com pelo
menos duas pessoas feridas. O motorista Claudio Silva, 30 anos, foi ferido por
raspão e a estudante Mirela Bernardo, menor, 14 anos levou um disparo na perna
esquerda. Os dois não correm risco de vida.
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População faz barricada em justo protesto. |
Durante o protesto, os moradores
fecharam a Estrada de Botafogo e atacaram cerca de oito ônibus. Foram também feitas barricadas nos trilhos da SuperVia. O menino Luiz Felipe Rangel é
mais um alvo da máquina de extermínio do Velho Estado e da Policia Militar, que
vem sendo fortalecida nos últimos anos na cidade do Rio de Janeiro justamente para intensificar essa marcha contra o povo carioca. Essa
politica de ocupação nas favelas (UPP's), incursões e tiroteios tem como
objetivo exterminar a juventude negra e pobre nas favelas sobre o pretexto de
uma ''guerra as drogas',' quando na verdade ela não passa de pretextos para o
Estado invadir favelas, casas e prédios, chacinando pessoas sob o mesmo pretexto.
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Moradores revoltados com o assassinato da criança Luiz Felipe Rangel. |
Essa política de Segurança Pública com essa lógica de guerra está mais do que
derrotada, exterminando a juventude trabalhadora brasileira. É importante que se observe, em todo o estado, o quão não é incomum os assassinatos de moradores de favelas, sobretudo de crianças. Nos últimos tempos, cerca de 3 crianças (11
anos, Wesley, 2010; 11 anos, Bruna, 2012; 15 anos, Eliseu, 2012; 4 anos,
Yasmin, 2012) também foram assassinadas em operações semelhantes -- todas
realizadas pela PMERJ, num curto período de tempo.
Basta já, sem mais guerra contra a juventude brasileira e periférica!
Assim como Amarildo, Cláudia e DG, além de muitos outros; Luiz Felipe é mais um brasileiro que foi brutalmente assassinado pela repressão
do velho e falido Estado brasileiro.
Não passarão!
Pelo Fim da UPP e da PM!
Basta
de extermínio nas favelas do Rio, e do Brasil!
Seguiremos adiante, até esmagar os parasitas!
À Unidade!
(26/06/2014)
- Subcomandante Léo.