"Após a quebradeira
e a correria promovida pela Polícia Militar até a chegada na marginal Bota
fogo, um grupo de 20 a 30 pessoas foi andando até uma rua antes da praça do
cruzeiro e em seguida virou rumo à Universitária. Após andarmos dois
quarteirões na Avenida 86, houve uma discussão sobre qual rua entraríamos e o
pessoal erroneamente começou a debater. Discutiram até o momento em que um
carro parou meio longe, dai gritaram 'É carro de P2'. Em seguida o
pessoal gritou "Vamos correr, gente", com medo da repressão inevitável
do Estado fascista. Entretanto, quando o pessoal ficou agitado, foi possível
perceber que atrás do carro tinham umas caminhonetes que nesse momento
ultrapassaram ele e ligaram o giroflex. Era a ROTAM. A ROTAM com 4 a 6 carros
fechou a gente na parede e um policial gritou "Vaza bando de
vagabundo", sem qualquer necessidade ou motivo. Quando eles gritaram,
cinco pessoas seguiram o conselho e entraram em um beco e se esconderam, dentre
eles, eu estava no meio. Todos os outros que correram na Avenida, ficaram
parados ou entraram em alguma rua, foram presos. Inclusive o Thiago Marcório,
membro da Unidade Vermelha".
Esse é o relato de um dos membros da Unidade
Vermelha que conseguiu escapar de um cerco da ROTAM (ROTA de Goiás) entrando em
um beco sem saída e se escondendo atrás de ramos, junto à outras 4 pessoas que
também conseguiram escapar. O grupo de manifestantes que era mais de 20,
infelizmente, tiveram quase todos detidos e terão que pagar um salário mínimo
de fiança. A Unidade Vermelha de Goiás lança agora uma política de pedágios e
arrecadações para libertar seu membro, Thiago Marcório que foi preso empunhando
uma bandeira da União Soviética, deixando claro que foi prisão política e
perseguição do seu direito legítimo de manifestação.