terça-feira, 30 de julho de 2013

Goiânia: prisão política e repressão policial usada para calar manifestação

"Após a quebradeira e a correria promovida pela Polícia Militar até a chegada na marginal Bota fogo, um grupo de 20 a 30 pessoas foi andando até uma rua antes da praça do cruzeiro e em seguida virou rumo à Universitária. Após andarmos dois quarteirões na Avenida 86, houve uma discussão sobre qual rua entraríamos e o pessoal erroneamente começou a debater. Discutiram até o momento em que um carro parou meio longe, dai gritaram 'É carro de P2'. Em seguida o pessoal gritou "Vamos correr, gente", com medo da repressão inevitável do Estado fascista. Entretanto, quando o pessoal ficou agitado, foi possível perceber que atrás do carro tinham umas caminhonetes que nesse momento ultrapassaram ele e ligaram o giroflex. Era a ROTAM. A ROTAM com 4 a 6 carros fechou a gente na parede e um policial gritou "Vaza bando de vagabundo", sem qualquer necessidade ou motivo. Quando eles gritaram, cinco pessoas seguiram o conselho e entraram em um beco e se esconderam, dentre eles, eu estava no meio. Todos os outros que correram na Avenida, ficaram parados ou entraram em alguma rua, foram presos. Inclusive o Thiago Marcório, membro da Unidade Vermelha".

Esse é o relato de um dos membros da Unidade Vermelha que conseguiu escapar de um cerco da ROTAM (ROTA de Goiás) entrando em um beco sem saída e se escondendo atrás de ramos, junto à outras 4 pessoas que também conseguiram escapar. O grupo de manifestantes que era mais de 20, infelizmente, tiveram quase todos detidos e terão que pagar um salário mínimo de fiança. A Unidade Vermelha de Goiás lança agora uma política de pedágios e arrecadações para libertar seu membro, Thiago Marcório que foi preso empunhando uma bandeira da União Soviética, deixando claro que foi prisão política e perseguição do seu direito legítimo de manifestação.