A Unidade Vermelha, organização
revolucionária, de caráter democrático, patriótico e internacionalista, e o
coletivo A Marighella, saúdam seus valorosos militantes que estiveram presentes
na operação desta última sexta-feira (17 de outubro) em Porto Alegre. Jonathan
Lima e Bárbara Allende, militantes da Unidade Vermelha, juntos dos companheiros
João Hermínio Marques, Cristian Garcia e Pedro Marques, d’A Marighella,
organização co-irmã, são verdadeiros heróis da libertação popular-nacional.
Eles colocaram suas próprias liberdades individuais em risco pela luta da
soberania nacional contra a espionagem imperialista norte-americana. Além dos
camaradas citados, também participaram da ação direta, um fotógrafo amador e
dois menores, sem relação com nenhuma das organizações, tendo surgido
repentinamente durante o protesto.
O #OcupaEUA aconteceu, de modo pacífico e
simbólico, na agência consular norte-americana da capital gaúcha. Não houve
qualquer crime. A ação direta tinha por objetivo tão somente pintar as paredes
da agência com as cores da bandeira brasileira. No entanto, no decorrer da
atividade, a agente consular norte-americana destilou toda sua xenofobia e
racismo contra os manifestantes. Assim, em justa motivação, os companheiros
acabaram cortando a bandeira dos Estados Unidos. O que não era nem preciso, afinal,
a justa motivação é a própria relação imperialista de submissão que os Estados
Unidos coloca sobre toda a Pátria Grande da América Latina.
Importante ressaltar que nunca foi ideia dos
ocupantes depredar a agência consular. Deve, assim, ser totalmente afastada a
terminologia sensacionalista da imprensa conservadora, que usou palavras
inapropriadas como “vândalos“ e
“vandalismo“. Caso
fosse a intenção dos manifestantes danificarem o local, teriam feito muito além
de simplesmente pintar paredes, e rasgar motivadamente uma bandeira. Contudo,
não era esse o intuito do ato. A ideia era simbolicamente ofender aqueles que
sempre nos ofenderam.
Não é vandalismo nem dano pintar uma agência
consular norte-americana de verde-e-amarelo. Vandalismo é o que os Estados
Unidos fizeram e fazem com o Brasil e com todo o mundo. Basta recordar que
nosso povo foi submetido a duas décadas de ditadura em razão das vontades do
imperialismo norte-americano. Basta lembrar que nosso país está sendo
absurdamente espionado pela Agencia Nacional de Segurança norte-americana.
Diante de tal cenário, pintar a Agência Consular dos Estados Unidos da América de
verde-e-amarelo é realizar uma benfeitoria ao local, tão marcado pela sujeira Yankee.
Nossas organizações não temem possíveis
retaliações já orquestradas pela direita-conservadora. Enfrentar o processo
judicial com a austeridade de quem não cometeu crime é questão de honra para nós.
Defenderemos até o fim nossa valorosa militância
e os demais camaradas que colocaram seus nomes à disposição da luta, ainda que
de maneira fortuita.
Neste momento, é oportuno e fundamental
reacender a luta por reformas no código penal. Inaceitável que uma ação direta
extremamente politizada, que não tenha ofendido à integridade física de
ninguém, sem qualquer ameaça à vida, seja tão criminalizada. Nossos
companheiros estão sofrendo pesado processo criminal por defender a soberania
nacional. É insustentável, depois de junho, quando a juventude em massa foi às ruas,
manter obstáculos para a participação de jovens em manifestações, conforme a
imputação de corrupção de menores. Mesmo considerando que os menores não fazem
parte de nenhuma das organizações, e que compareceram ao protesto por livre e
espontânea vontade, temos certeza de que a politização da juventude com ações
diretas de ideologia política, como o #OcupaEUA, não é corromper menores. Ao
contrário, corromper menores é intensificar a alienação estagnante, mantendo a
juventude brasileira submissa ao modismo Yankee.
O que nossos companheiros fizeram de errado?
Lutar pelo Brasil? Lutar pelo povo brasileiro? Lutar pela soberania nacional
contra os Estados Unidos da América? A luta não se reprime, protesto não é
crime! Ocupar é direito, não crime!
Por fim, deixamos claro que seguiremos na luta
em defesa do Brasil, em defesa do povo brasileiro, em defesa da Revolução
Brasileira, e contra o imperialismo norte-americano, contra a espionagem de
Obama, e contra as prisões políticas.
À Unidade!
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Combatente Tom