domingo, 29 de junho de 2014

Nota sobre o fim da greve da Educação Estadual e Municipal do Rio de Janeiro

“Pretender combater o imperialismo sem combater inseparavelmente o oportunismo não passa de fraseologia oca”.
V. I. Lenin
A greve dos profissionais da educação que durou cerca de 45 dias teve seu fim decretado em 27/06 na assembleia unificada da categoria que durou cerca de seis horas. Ano passado, os professores protagonizaram uma greve combativa com forte adesão e vigorosas manifestações por toda a cidade, tal mobilização fortaleceu e criou condições materiais para a atual paralisação, ja que o Estado não cumpriu com as exigências acordadas (a portas fechadas com a direção pelega, bom lembrar).
Assembleia geral golpeada por pelegos.
Como é de costume no sindicalismo brasileiro, a burocracia dirigida pelos setores mais reacionários da burguesia (PT, PMDB, PSDB), atua para minar as lutas dos trabalhadores em todo país das formas mais desonestas possíveis, desde golpe em votações até a coerção por milicianos. E é nesse sentido que denunciamos aqui a pratica mais do que recorrente dos ditos partidos de "esquerda", que mais uma vez atuaram em prol do oportunismo e da reação.
E foi nesse clima que ocorreu a Assembléia Unificada que decretou o fim da greve, assembléia esta puxada em caráter de urgência com o único objetivo de por fim à mobilização na copa (a assembléia estava marcada para o dia 6, portanto esta foi em caráter extraordinário), com tantos golpes e discursos conciliadores por parte da esquerda "de oposição" (PSTU, PCB e setores do PSOL) e dos governistas (PT-PMDB) com direito a miliciano e capanga da CUT se passando por professor para fazer número nas votações. O que vimos na assembléia foram centrais que se dizem "revolucionárias", como a UC (PCB) e a CSP-CONLUTAS (PSTU/PSOL) votando pelo fim da greve no meio de um recesso, sem nenhum ganho para a categoria e no meio de um processo de demissão dos grevistas! É inacreditável que essas organizações se digam de esquerda, porém na pratica façam alianças com os setores mais reacionários.
Nosso total repúdio aos setores conciliadores e oportunistas, organizações que compõem há anos a direção do SEPE e em todo esse tempo vem atrasando a luta da categoria e se encastelando no sindicato.
A postura de tais setores não é novidade, mais especificamente a CSP-CONLUTAS, conhecida central pelega e oportunista, que atuou como legítima quinta coluna do Estado nas greves dos metroviários de São Paulo e Rio, e mais notadamente na combativa greve dos rodoviários cariocas, o que comprova que se trata de uma politica hegemônica semelhante as das centrais governistas e reacionárias!
Porém mesmo com mais essa derrota, nosso balanço é positivo, pois mostra o profundo amadurecimento e acumulo político da categoria desde a greve do ano passado. A greve terminou, mas a luta não cessa e mesmo com todo intransigência dos governos e do Judiciário continuamos a resistir.
A Unidade Vermelha do Rio de Janeiro saúda a brava resistência dos Educadores em Luta e disponibiliza ao máximo sua militância em defesa da classe trabalhadora, inclusive marcando presença na assembléia e em outras atividades da categoria.

Viva a luta da classe trabalhadora!
Abaixo o oportunismo! Por uma direção classista no SEPE!
Viva a luta independente e combativa!
À Unidade!
27/06/14
- Subcomandante Léo/Comandante Koba.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Nota sobre a morte do garoto Luiz Felipe Rangel (RJ)

Nota da Unidade Vermelha para publicitar o repúdio a morte do garoto Luiz Felipe Rangel, 3 anos, baleado pela PMERJ no Morro da Quitanda, em Costa Barros, zona norte do Rio de Janeiro. 

A Unidade Vermelha vem por meio desta nota publicitar o máximo repúdio, já demonstrado e praticado nas ruas, acerca do covarde assassinato do menino de 3 anos Luiz Rangel pela PMERJ, feito na noite do dia 25/06 em Costa Barros. O assassinato se deu em meio a uma incursão da PMERJ na favela, contexto sob qual o menino foi vitima de um tiro de fuzil .762 na cabeça enquanto dormia na cama da mãe. Deixamos registrado também todo nosso ódio de classe aos assassinos da Policia Militar que tiraram a vida do menino, que não é o primeiro. A forma como se deu a morte do menino é completamente covarde e revoltante. 

Revolta popular contra o assassinato.
'Até quando o Estado continuará tirando a vida da juventude negra e periférica'? Com este espírito de rebeldia e de consciência revolucionária que, de forma justíssima, os parentes e familiares organizaram durante o dia inteiro vigorosas manifestações em repúdio ao assassinato do menino. Como de costume, as manifestações legítimas da população também foram duramente reprimidas pela PM, acabando com pelo menos duas pessoas feridas. O motorista Claudio Silva, 30 anos, foi ferido por raspão e a estudante Mirela Bernardo, menor, 14 anos levou um disparo na perna esquerda. Os dois não correm risco de vida. 

População faz barricada em justo protesto.
Durante o protesto, os moradores fecharam a Estrada de Botafogo e atacaram cerca de oito ônibus. Foram também feitas barricadas nos trilhos da SuperVia. O menino Luiz Felipe Rangel é mais um alvo da máquina de extermínio do Velho Estado e da Policia Militar, que vem sendo fortalecida nos últimos anos na cidade do Rio de Janeiro justamente para intensificar essa marcha contra o povo carioca. Essa politica de ocupação nas favelas (UPP's), incursões e tiroteios tem como objetivo exterminar a juventude negra e pobre nas favelas sobre o pretexto de uma ''guerra as drogas',' quando na verdade ela não passa de pretextos para o Estado invadir favelas, casas e prédios, chacinando pessoas sob o mesmo pretexto. 



Moradores revoltados com o
assassinato da criança Luiz Felipe Rangel.
Essa política de Segurança Pública com essa lógica de guerra está mais do que derrotada, exterminando a juventude trabalhadora brasileira. É importante que se observe, em todo o estado, o quão não é incomum os assassinatos de moradores de favelas, sobretudo de crianças. Nos últimos tempos, cerca de 3 crianças (11 anos, Wesley, 2010; 11 anos, Bruna, 2012; 15 anos, Eliseu, 2012; 4 anos, Yasmin, 2012) também foram assassinadas em operações semelhantes -- todas realizadas pela PMERJ, num curto período de tempo.
Basta já, sem mais guerra contra a juventude brasileira e periférica!

Assim como Amarildo, Cláudia e DG, além de muitos outros; Luiz Felipe é mais um brasileiro que foi brutalmente assassinado pela repressão do velho e falido Estado brasileiro. 

Não passarão! 
Pelo Fim da UPP e da PM!
Basta de extermínio nas favelas do Rio, e do Brasil!
Seguiremos adiante, até esmagar os parasitas!

À Unidade! 
(26/06/2014)
- Subcomandante Léo.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Toda força aos metroviários de São Paulo

O governo reacionário, antinacional e antipopular de Geraldo Alckmin (PSDB) mostra mais uma de suas facetas ditatoriais para com a classe trabalhadora brasileira, reprimindo e não negociando com os metroviários de São Paulo, que lutam, através de greves e mobilizações, por melhores condições de trabalho e de qualidade do serviço do metrô aos demais trabalhadores que dependem do serviço, após o descaso iminente do atual governo. Mesmo depois de ter sido anunciado o estado de greve há duas semanas antes desta última, o governo tenta a todo custo condenar a legitima paralisação dos metroviários, junto com a mídia antinacional que tenta fazer com que o povo crie aversão cultural à greves. Porém, o povo sabe quem está do seu lado e não está.

Nas primeiras negociações, os metroviários propuseram que caso eles deixassem as catracas livres para a população, eles trabalhariam de graça, e não haveria mais o estado de greve. Entretanto, o governador recusa a proposta, e pior: chama a PM fascista para coagir funcionários de escritório a furarem a greve e controlarem os trens, deixando a população a mercê de operadores não qualificados, colocando os usuários em extremo risco (mostrando exatamente o papel da Polícia brasileira: guardar e servir aos interesses do monopólio). Não obstante a isso, o poder judiciário, poder mais reacionário da esfera pública e com menos participação popular, declara que a greve totalmente legítima é ilegal, indo contra o direito constitucional de greve. 

Nada mais se poderia esperar da justiça burguesa. Após 5 dias de greve, é convocado um ato de manhã na Estação Ana Rosa com diversos movimentos sociais e demais apoiadores da greve, e instantes antes do ato se iniciar a mobilização, a Polícia Militar, cumprindo o seu papel de capachos do monopólio, joga bombas de gás na estação com metroviários e sindicalistas dentro e prendem 13 metroviários. Não contentes com isso, o governo demite 60 funcionários, e ameaçam inúmeros outros de demissão por justa-causa, atos que apenas acirra os nervos dos metroviários grevistas e aumenta a tensão, assim também, aumento a luta.

Essas atitudes do Estado perante às reivindicações populares apenas evidenciam que, quando há acirramento da luta nacional contra os monopólios, o Estado brasileiro não consegue esconder seu caráter ditatorial e serviçal dos inimigos do povo brasileiro, como se mostra nessa greve e em outras que eclodiram no país nesse período de forte mobilização das massas. As massas brasileiras mostram que podem exigir o poder para si, construindo o poder popular com os meios necessários. Os metroviários de São Paulo mostram sua força, e mais que isso, mostra que Não Tem Arrego!

Pela catraca livre! 
Pela reinserção dos metroviários demitidos! 
Pela liberdade dos metroviários e militantes populares, presos políticos! 
Contra a repressão da Polícia Fascista, brinquedos armados do Estado e do monopólio! 



segunda-feira, 9 de junho de 2014

A Copa da FIFA: saque imperialista e opressão ao povo brasileiro

A Copa do Mundo no Brasil não é uma conquista nacional. A realização de tal evento em solo brasileiro não trará legados positivos ao nosso povo, pelo contrário, trouxe e continuará trazendo mazelas, opressão, desrespeito a nossa soberania nacional e um grande saque nos cofres públicos brasileiros e do trabalho de nosso povo. A dominação é detestada por todos que buscam a liberdade, e o povo brasileiro não está hostil a essa liberdade, a busca, e por isso, não aceita a Copa da FIFA – e a combate.

Um evento que parte de uma empresa internacional (a FIFA), não poderia por essência trazer conquistas a um país subdesenvolvido como o Brasil. A FIFA visa dominar o Brasil e saquear as riquezas brasileiras, assim como buscam conseguir brechas para lucrar mais e mais, junto com seus patrocinadores.

1. A dominação do Brasil pela FIFA e dos grandes impérios.

A FIFA exigiu que o estado brasileiro isentasse ela e seus patrocinadores de impostos que todos os pequenos comerciantes brasileiros têm que pagar. Por isso, durante a Copa FIFA, as grandes empresas, que cotidianamente lucram absurdos, sugam a força de trabalho do povo brasileiro e dominam nosso país, não pagam certos impostos (o Banco Itaú, Ambev, Hyunday, Coca-cola e outras deixaram de pagar Cofins, ICMs e impostos municipais). Ou seja, terão seus lucros maximizados durante a Copa, enquanto o povo brasileiro pagará a conta (aproximadamente R$ 10 bilhões).

Também exigiu que todos esses comerciantes ambulantes fossem retirados de seus pontos de comércio, somente para monopolizar o comércio com as mega-empresas patrocinadoras da Copa. Para aumentar ainda mais a destruição desses micro-comerciantes, os governos municipais não oferecem qualquer opção de trabalho e emprego a esses brasileiros.

Para garantir o monopólio, a FIFA exigiu também que no perímetro de 1 km dos estádios da Copa só sejam vendidos produtos dos seus patrocinadores (empresas como Coca-Cola, Mc Donalds, Johnson & Johnson, entre outros).

Isso é um duro golpe no pequeno comerciante brasileiro, que durante o dia-a-dia já sofre para se manter em pé. Já a FIFA e as empresas que a patrocinam, mandam e desmandam no Brasil, e não têm piedade do pequeno comerciante.

2. A dominação e opressão cultural: um golpe na identidade popular e nacional.

A Copa do Mundo não trará diversão ao povo brasileiro, que com seus olhos tristes tenta ver a luz dos estádios de bem longe. Na Copa que será realizada em solo nacional, os costumes e cultura brasileiros é retirada à força, e em seu lugar é vendida a indústria cultural estrangeira, das grandes potências.

No Brasil adentro, faz parte da cultura nacional a venda de alimentos e bebidas tipicamente brasileiras por vendedores ambulantes, que vivem sob constante xeque do estado brasileiro. Como já citado a cima, esses ambulantes foram retirados de seus pontos de venda sob exigência da FIFA por fins econômicos. Outro exemplo prático dessa desnacionalização do Brasil se deu quando o Estado brasileiro, após exigência da FIFA, chegou a proibir a venda de acarajés, comida da cultura nacional e popular que é vendida nas belas ruas de Salvador por vendedoras ambulantes (conhecidas como Baianas), durante a Copa – e se não fosse a luta incansável do povo baiano, o Estado não teria voltado atrás.

Além disso, as festas tradicionais da cultura popular brasileira também foram impedidas de serem realizadas ano passado, durante a Copa das Confederações, como a festa de São João na Bahia – o que significou um grande desrespeito à expressão cultural brasileira, um golpe na identidade nacional de cada cidadão brasileiro!

Todavia, a desconstrução da cultura popular brasileira também prossegue dentro do próprio futebol, tendo em vista que as arenas onde serão realizadas as partidas da Copa do Mundo, agora sob novos contratos que deixam a administração nas mãos de grandes magnatas empresariais, terão total poder para aumentar e inflacionar os ingressos, excluindo as massas brasileiras do futebol, propriedade cultural dos brasileiros! Isso torna impossível ao povo brasileiro assistir o jogo de perto. A Copa da FIFA no Brasil vai divertir gringos e turistas, deixando de fora da festa o povo que construiu, com suor e sangue, toda a estrutura dela.

3. Para o povo brasileiro: despejos, mazelas e repressão.

O povo brasileiro sofre com o submundo da Copa. Os governantes brasileiros, do âmbito municipal até o federal, se desdobram como cães a serviço da FIFA e dos grandes impérios industriais para realizarem com sucesso exigência por exigência.

Como as exigências desses inimigos do povo são exatamente o contrário do que exige o povo, logicamente, os governantes marcham incansavelmente contra o povo brasileiro, aumentando ainda mais a desgraça social, as mazelas e, quando o povo se revolta e cria consciência popular, aplica-se a repressão violenta com o aparelho de ‘segurança’: tudo para se garantir os interesses da FIFA e suas empresas.

Despejos e mazelas sociais: legados da Copa.

Reintegração de posse da favela da Telerj;
Registro do despejo do povo brasileiro por
exigência da FIFA.
O despejo de moradores de periferias e favelas por todo o Brasil já é cotidiano. Trabalhadores e toda a população pobre brasileira são despejados de suas casas ou barracos à força de tratores e Tropa de Choque, perdendo seus móveis e seu sagrado teto, sem qualquer indenização do Estado brasileiro. Os despejos são consequências da especulação imobiliária impulsionada por estes eventos e seus impérios, além de muitos outros empreendimentos imperialistas resultantes da Copa. Cerca de 250 mil brasileiros já são feitos reféns dessa corrida imobiliária. Não por ventura, os brasileiros seguem em luta por moradia e já seguem a marcha contra a Copa da FIFA no Brasil.

Já para os brasileiros que não têm teto, a população de rua, a situação tão somente é ainda pior: aos brasileiros que vivem nas ruas das cidades-sede, são retirados com a força e brutalidade, têm seus documentos e pertences recolhidos pelas autoridades municipais, assim como, em conjunturas ainda mais acirradas, chegam a simplesmente desaparecerem. Infelizmente para os povos do mundo, isso não é exclusivo do Brasil: na África do Sul, os sul-africanos que se encontravam nessa situação eram recolhidos e postos em grandes assentamentos afastados dos centros urbanos. Essas ações do Estado, não exclusivas do Estado brasileiro, maquiam a realidade dos países que são postos sob comando da FIFA para o turismo comercial.

Muito além dos próprios despejos e demais mazelas, a realização da Copa da FIFA no Brasil, assim como das Olimpíadas, faz crescer o turismo sexual, um instrumento de opressão à mulher brasileira e latino-americana. Tão evidente é que a própria FIFA se esquiva da responsabilidade de seu evento imperialista no crescimento desse fenômeno, como o governo brasileiro também, de forma covarde e submissa, não se declara sobre.

O terrorismo de Estado e a repressão contra os brasileiros!

Repressão fascista no RJ.
Os brasileiros que constroem a consciência popular e vêem a necessidade de lutar e se manifestar para mudar esse quadro de dominação que vive o Brasil, só recebem de resposta a repressão da Polícia e forças de ‘segurança’. Uma vez que sob ordens da FIFA, os governantes não permitem um suspiro de revolta popular, contra a dominação que vive o Brasil e contra a FIFA. Os traidores nacionais puseram o Brasil numa condição ainda mais de "colônia" do imperialismo, venderam a pátria brasileira ainda mais do que já éramos vendidos, tudo para garantir à FIFA a “Copa das Copas” (cheia de lucros, dominação e exploração).

Prevendo a revolta popular, em novembro de 2012, o governo federal já havia comprado 50 milhões de reais em armas menos letais (balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo, entre outras), para serem utilizadas na repressão de manifestações e protestos populares e, inclusive sob os não violentos. Cerca de 2 bilhões de reais foram gastos em ‘segurança’ na compra de armamentos, equipamentos de vigilância e treinamentos – tudo para manter a ordem, que é determinada sob critério da FIFA e seus patrocinadores imperialistas.

Para massacrar as revoltas do povo brasileiro sob a falsificada palavra de ‘justiça’, a FIFA exigiu que se criasse um tribunal de exceção com raio de ação de 1 km ao redor dos estádios para julgar todos os crimes no entorno dos estádios com as determinações da FIFA, passando por cima da nossa própria soberania e Constituição. Ainda pior que isso, sob o critério da ‘Lei Geral da Copa’ e os PL’s (Projetos de Lei) como a ‘Lei anti-terrorismo’, qualquer revolta popular ou manifestação contra a dominação imperialista em nossa pátria podem ser enquadrar como ‘terrorismo’.

Nos morros cariocas, a repressão segue na trilha marcada do fascismo e terrorismo de Estado. As UPPs massacram à bala e sangue os brasileiros que ousam se levantar contra essa dominação estrangeira. A população carioca, favela por favela, organizam levantes e têm seus filhos mortos com o passar dos dias.

Nas ruas de Goiânia, os lutadores do povo seguem firme, sob forte repressão e perseguição do Estado, que promove uma verdadeira caça às bruxas! A luta popular nos exige suor e sangue, mas a libertação recompensa!

Nos asfaltos do Brasil adentro, os brasileiros resistem do norte a sul, na luta por poder popular, sob gritos de ‘FIFA GO HOME!’, baixo de balas de borracha e entre gás lacrimogêneo.

Abaixo a traição, a repressão, o imperialismo e a FIFA!

A realização da Copa da FIFA no Brasil é um reflexo nítido e claro da dominação que enfrenta o Brasil. Dominado por forças imperialistas estrangeiras, sobretudo os Estados Unidos (sendo os donos das maiores transnacionais patrocinadoras da Copa da FIFA), forças estas que seguem com o massacre ao povo brasileiro. Já a classe dirigente brasileira (a grande burguesia e latifúndio) e de seus governantes (incluindo o PT), promovem a maior traição dos últimos anos: mostraram na prática que preferem a submissão da pátria ao imperialismo do que a libertação.

O povo brasileiro tomou a consciência nacional e não se quieta, segue firme na luta popular das favelas do Rio de Janeiro às periferias do nordeste. Deixa claro que a revolução de libertação nacional virá do povo brasileiro, dos trabalhadores e trabalhadoras, fora das vias "convencionais", fora da ordem e institucionalidade burguesas.

Exatamente por isso, é inadmissível que os setores que se dizem populares e progressistas não se posicionem contra um evento que vai privilegiar grandes empresas estrangeiras, enquanto o povo brasileiro (do camponês/operário até o pequeno comerciante) vai ser engolido por essa grande onda de dominação. Aprovar este evento parasita, que vem de uma política venda-pátria do governo brasileiro dirigido atualmente pelo PT, é ir contra todo o povo brasileiro!

Estes setores não têm tempo mais a debater: obrigatoriamente, para se denominar ‘popular’ e ‘progressista’, há de se posicionar contra a realização da Copa do Mundo na nossa pátria. Todos que defendem a causa do poder popular, da libertação do nosso país e da emancipação das classes oprimidas devem tomar sua posição, e essa posição deve ser a da luta e da resistência ao saque aos cofres públicos brasileiros que será efetuado pela famigerada FIFA – como não só os saques aos cofres, como também as demais ingerências, desde as remoções de moradores pobres, higienização de moradores de rua, até a repressão aos comerciantes informais (ambulantes/camelôs) para lhes tirar dos locais centrais da cidade, para a cidade "não ficar feia pro gringo ver" (e é claro, para beneficiar os grandes empresários).

Cabe a nós, revolucionários e lutadores da causa popular, denunciar quem são os saqueadores, quem são os cúmplices e quem são os traidores!

Levantemos bem alto a bandeira da luta, de baixo de tiro da repressão fascista, sob o cantar das palavras de ordem: FIFA Go Home!

Morte à FIFA e ao imperialismo!

Abaixo a traição e a repressão!

Viva a luta popular e nacional!


E não, Não Vai Ter Copa!


terça-feira, 3 de junho de 2014

Repúdio à criminalização dos protestos populares!

Ministro da Justiça ameaça
movimentos populares com
repressão, a mando do Governo
Dilma e da forasteira empresa FIFA.
Terrorismo de Estado: Guerra declarada aos manifestantes populares!
Ameaças de prisão, instauração do medo e da paranoia, guerra midiática e psicológica, perseguição e cerceamento de liberdade de expressão; são características de governos autocráticos que o Brasil conheceu em sua História e também características comuns de várias ditaduras-militares que vimos durante toda era moderna e contemporânea.
O que as pessoas nunca esperam, no entanto, é que em governos supostamente democráticos, esses velhos esqueletos no armário, sejam revividos com tal roupagem democrática.
Começamos a ter exemplos de que isso, não só é comum, como também é característica de governos capitalistas, quando os autoproclamados "bastiões da democracia", os Estados Unidos, demonstravam para seus lacaios, já na Crise de 2008, como tratar movimentos sociais que se levantavam contra os cortes para a classe trabalhadora: Com repressão, violência e MORTE. A cartilha desde então vem sendo seguida e aprimorada pelos governos neoliberais, incluindo o Brasil, aumentando o rol de artifícios repressivos a serem usados contra a população. Contra nós, contra você.

Escalada da repressão ditatorial e guerra midiática no Brasil

Terrorismo midiático demoniza a tática 'black bloc',
para personificar e atacar os movimentos populares.
No Rio Grande do Sul, do governador petista Tarso Genro, manifestantes estão sendo acusados de formarem milícia particular. Em Goiás, governada pelo PSDB, já são seis estudantes presos por protestarem, sem qualquer prova de ato ilícito. Em Campinas, SP, do prefeito Jonas Donizetti do PSB, cento e vinte populares sendo processados por lutarem contra a Máfia do Transporte.

Um plano nacional tem sido planejado e seguido por governos estaduais, seja PT, seja PSDB, de se criminalizar ativistas e manifestantes. Nos últimos dias, o Sec. de Segurança de SP, fez um discurso preparado para ser repercutido pela grande imprensa e pelas instituições governamentais, com intuito de instaurar o medo e a paranoia nos que lutam. Ele diz claramente ter acesso a redes sociais e e-mails, pede abertamente a prisão de manifestantes, a quem ele dá a alcunha de "conspiradores". Qualquer semelhança com 64, não é mera coincidência, quando o governo rotulava seu povo rebelde de "terrorista". Dias depois, a imprensa fabrica notícias de que "Black blocs" são aliados ao PCC e, em seguida, o Ministro da Justiça petista diz que é "inadmissível" tal fato, sem qualquer indício que comprove as acusações, criando assim uma grande justificativa para as arbitrariedades que pretendem cometer contra o povo, para que a Copa aconteça sem maiores prejuízos aos poderosos e ao governo. 

Estão a querer enganar e manipular a opinião pública para dar carta branca ao Estado para que façam perseguição, prisões arbitrárias, tortura e morte. É a realidade das periferias que vai bater às portas do mundo todo.

Traição
Dilma e Blatter, de mãos dadas,
simbolizando a maior traição ao
povo brasileiro dos últimos anos:
permissão para a FIFA e seus sócios
o saque aos cofres públicos,
enquanto há repressão ao povo.
Não podemos esquecer que, quando Dilma foi eleita em 2010, pelo povo trabalhador do país, seu oponente José Serra carregava em sua testa, a marca dos governos do PSDB: A violência no despejo de moradores de Pinheirinho e em outros movimentos sociais, a repressão aos professores em greve etc. De forma eleitoreira e oportunista, os marketeiros de Dilma criaram o slogan que teve forte apelo popular na época de que "o governo do PT não trata movimento social na porrada, mas no diálogo". 

Pois bem, ao fim do mandato de Dilma, o que vemos hoje? Vemos a reedição da mesma política tucana, de repressão, muitas vezes até em conluio com o próprio tucanato, como em São Paulo, onde Haddad segue exatamente a mesma linha do governador tucano Alckmin; ou em Goiânia, onde o Paulo Garcia do PT, age em parceria com o governador tucano Perillo, para prenderem manifestantes. 

Isso não muda onde há outros partidos da ordem, como PMDB e PSB, pois são representantes dos mesmos interesses das elites sanguessugas nacionais e estrangeiras, apesar de jurarem serem diferentes.
Quanto mais a repressão usa de subterfúgios para declarar guerra aos que lutam, com mais força virá a revolta popular. Não nos intimidaremos por suas ameaças, pois nossos objetivos são maiores que nossas vidas.

"Os poderosos podem matar uma, duas, três, flores mas jamais deterão a primavera"
- Che Guevara

Comando Nacional da Unidade Vermelha - ORNL