No dia 31 de março um
levante de tropas em Minas Gerais, liderados pelo general Olímpio Mourão Filho,
iniciara um marcha até o Rio para depor o presidente e livrar o país do
"perigo comunista", o que na prática significava reprimir toda a
atividade política independente, intervir nos sindicatos e silenciar por
completo o movimento estudantil. Com o apoio logístico norte-americano, os
golpistas foram ganhando adeptos em diversas unidades militares, uma após
outra. Apesar da lealdade constitucional do III Exército, João Goulart não agiu
com o rigor necessário contra os golpistas, permitindo que o movimento
reacionário crescesse e tomasse conta do país. A CGT (representando a maioria
dos sindicatos do país) decretou uma greve, mas sem armas os trabalhadores não
puderam enfrentar os militares, que rapidamente foram assegurando o controle do
país.
O dia 01 de abril,
para os brasileiros, não representa apenas o dia da mentira. Representa, além
disso, o dia da traição nacional. O dia em que o Exército brasileiro decidiu
marchar contra seu próprio país e contra a constituição, para servir a uma
potência estrangeira (os EUA) e os interesses de uma diminuta elite nacional
que temia a autonomia do povo brasileiro.
Nesta data de hoje,
onde se completa 50 anos do dia da traição nacional, sairemos às ruas em todo o
país para manifestar nosso repúdio ao golpismo e ao fascismo! Que as Forças
Armadas nunca mais ousem levantar suas armas contra o povo brasileiro! E se o fizerem,
que sejam esmagados, não apenas pelo povo, mas também pelos verdadeiros
patriotas e democratas que hoje compõem as fileiras das Forças Armadas.
Honra e glória aos heróis assassinados e
torturados pela ditadura militar-fascista!
Honra e glória aos que pegaram em armas e
deram seu sangue para a libertação de nosso povo!
Ódio e morte ao Imperialismo
norte-americano!
Ódio e morte aos golpistas e fascistas!
Paredão aos torturadores e cúmplices do
regime militar-fascista!
À Unidade!
- Comando da Unidade
Vermelha